logo

CCMI de Ilha Comprida tem com 2 vídeos na Mostra de Cinema do Vale do Ribeira

https://www.youtube.com/watch?v=hgFeFdt0-CQ

Conforme os serviços municipais para as pessoas idosas vão retomando as atividades presenciais, começam a aparecer exemplos de trabalhos originais que foram desempenhados durante a pandemia como esforço dos profissionais para não deixar os usuários isolados.

Um exemplo é o que foi feito pelo CCMI – Centro de Convivência da Melhor Idade de Ilha Comprida, no litoral do Vale do Ribeira, que trabalhou produzindo vídeos, que eram postados no aplicativo de mensagem do grupo.

A iniciativa levou dois deles a concorrerem na 1ª Mostra de Cinema do Vale do Ribeira, que vai ser realizada de 18 a 26 de março de 2022. Para saber mais o Jornal da 3ª Idade entrevistou a assistente social, Nelli Aparecida Takahashi, coordenadora do CCMI.

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=30_jK83dwME

Jornal da 3ª Idade – Como foi desenvolvida essa experiência temporária de trabalho baseado em vídeos? 

Nelli Aparecida Takahashi, coordenadora do CCMI Ilha Comprida– Durante a pandemia, desde 2020 fizemos mais de 30 vídeos, sempre relacionados aos temas que já trabalhamos todos os anos, como Outubro Rosa, Novembro Azul, Junho Violeta e outras efemérides. Também procuramos fazer alguns com ênfase mais próxima dos problemas da quarentena. Assim abordamos o uso de máscaras, a barreira da cidade e cuidados pessoais. 

Nelli Aparecida Takahashi é assistente social e coordena o CCMI-Centro de Convivência da Melhor Idade de Ilha Comprida. Foto: divulgação

Jornal da 3ª Idade – Como foi a produção de cada vídeo com as pessoas idosas? Vocês fizeram muitas lives?

Nelli Aparecida Takahashi, coordenadora do CCMI Ilha Comprida Não fizemos lives porque a maioria não sabe usar os recursos do celular. Trabalhamos com vídeos. A professora Juliê Abe Faria montava pequenos vídeos orientando como eles deviam usar o celular para fazer a gravação, qual seria o papel de cada um e outras intervenções. Só aí já foi importante, porque muitos não sabiam usar o aparelho, não sabiam tirar uma selfie, nem usar os demais recursos. Para as pessoas que tinham muitas dificuldades, a professora foi até a casa fazer a filmagem ensinando. Muitas pessoas sozinhas que tinham dificuldades, também aprenderam o que foi gratificante. Quase sempre ela fazia vídeos de orientação para tudo, para as roupas que deviam vestir e colocava no grupo para todos. Inicialmente era destinado para as 40 pessoas que fazem parte do Grupo de Teatro, mas depois abrimos para todas as pessoas interessadas.

Jornal da 3ª Idade – Quantos vídeos estão concorrendo na 1ª Mostra de Cinema do Vale do Ribeira?

Nelli Aparecida Takahashi, coordenadora do CCMI Ilha Comprida Dois vídeos estão inscritos: A Lua de Sangue e As Namoradeiras.

Juliê Abe Faria é a professora do CCMI-Centro de Convivência da Melhor Idade de Ilha Comprida, responsável pela realização dos vídeos. Foto: divulgação

Jornal da 3ª Idade A opção de trabalhar com recursos de audiovisual aumentou a participação das pessoas. Em vários Centros de Convivência de Idosos de São Paulo, pessoas que antes não eram frequentes acabaram participando temporariamente, devido às lives.

Nelli Aparecida Takahashi, coordenadora do CCMI Ilha Comprida Não foi o nosso caso. Aqui diminuímos. Infelizmente tivemos muitos óbitos no período mais crítico da pandemia. Também muitos idosos acima de 80 anos que moravam sozinhos os filhos vieram buscar, com receio deles ficarem isolados no momento tão difícil. Antes da quarentena tínhamos 510 inscritos, sendo 300 eram frequentes nas atividades. Somente em festas e aniversários reunimos quase todos.

Jornal da 3ª Idade – A maioria das pessoas idosas de Ilha Comprida é natural da cidade?

Nelli Aparecida Takahashi, coordenadora do CCMI Ilha Comprida Não, são pessoas que vieram morar aqui. Quase todos os idosos frequentadores vieram de fora e estavam longe das famílias. Por isso também não deixamos de fazer os aniversariantes do mês. Entravamos em contato com todos os familiares e eles mandavam o vídeo parabenizando e a professora montava um vídeo único. Também fizemos serenatas na porta das casas, sem entrar.

 

 

Usuários do CCMI de Ilha Comprida que participaram dos vídeos produzidos durante a quarentena. Foto: divulgação