

As Folias de Reis, responsáveis por manter uma tradição que nasceu exclusivamente entre os católicos e com o passar dos séculos vem se transformando em manifestação cultural, em centenas de cidades no Brasil, fecharam no último final de semana o ciclo natalino.
Os grupos prejudicados pela pandemia da Covid-19 encolheram sua atuação no último ano. Quase todos são formados por pessoas idosas, que aprenderam o folguedo com seus pais e resistem em não deixar morrer os costumes. Em São Paulo, vários grupos tradicionais estão se transformando em ONG, para buscar apoio das Prefeituras. Esse é um caminho que começa a atrair jovens que despertaram para dar continuidade às manifestações que aprenderam com os avós.
Meu interesse vem da época do meu avô, falecido há 11 anos. Nosso encontro tradicional é no segundo domingo de fevereiro, mas em 2022 não vamos realizar. Em geral, os grupos de Folias de Reis começam a fazer apresentações no final do ano anterior, buscando donativos para a sua festa anual. Com a pandemia, a maioria dos grupos não pôde fazer as caminhadas. A nossa última foi realizada em 2020, porque ainda estava no começo do surto e já tínhamos feito a coleta no final de 2019. Na nossa cidade a Prefeitura não dá apoio, disse Guilherme Rodrigues, de 24 anos, da Folia de Reis Estrela da Guia, do município de Nhandeara, localizado a 508 km da cidade de São Paulo. Ele trouxe modernidade ao evento da sua cidade e fez “lives” durante o ano passado, reunindo os idosos e interessados.
