A escritora mineira, Adélia Prado, que no último dia 20 de junho já tinha sido anunciada como vencedora do Prêmio Machado de Assis 2024, ontem foi aclamada como a escolhida para receber o Prêmio Camões 2024, o mais importante da língua portuguesa.
Adélia tem 88 anos e vive em Divinópolis, cidade do Oeste do Estado de Minas Gerais, distante 120 quilômetros da capital Belo Horizonte. Ela, que foi professora durante 24 anos, só começou a escrever aos 42 anos até se dedicar por completo à carreira de escritora.
O valor da premiação é de 100 mil euros, um dos maiores valores do mundo entre os prêmios literários. A premiação é concedida através de subsídio da Fundação Biblioteca Nacional, entidade vinculada ao Ministério da Cultura do governo de Portugal.
Segundo o júri, “Adélia Prado é autora de uma obra muito original, que se estende ao longo de décadas, com destaque para a produção poética. Herdeira de Carlos Drummond de Andrade, o autor que a deu a conhecer e que sobre ela escreveu as conhecidas palavras “Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo…”, Adélia Prado é há longos anos uma voz inconfundível na literatura de língua portuguesa”.
Livros de Adélia Prado
Em 1976, publicou “Bagagem”. Já em 1978 foi a vez de “O coração disparado”, agraciado com o Prêmio Jabuti. Sua estreia em prosa se deu no ano seguinte, com o livro “Solte os cachorros”. Em seguida, publicou “Cacos para um Vitral”.
Em 1981, lançou “Terra de Santa Cruz” e, em 1984, “Os componentes da banda”. Em 1991, foi publicada sua “Poesia reunida”.
Em 1994, após anos de silêncio poético, ressurgiu com o livro “O homem da mão seca”.
Em 1999, foram lançados “Manuscritos de Felipa”, “Oráculos de maio” e sua “Prosa reunida”.
No fim de 2023 disse que no segundo semestre de 2024 iria lançar novo livro, com o título provisório “Jardim das Oliveiras”.