É com grande pesar que o Jornal da 3ª Idade registra o falecimento da assistente social Araci Aparecida Alexandre, que durante 35 anos trabalhou com a terceira idade, no bairro de Interlagos, na Zona Sul da capital, em São Paulo.
Muito antes de ser coordenadora do NCI Lago Azul, comandava o grupo da terceira idade com o mesmo nome, que se reunia nas dependências do Autódromo de Interlagos.
Foi uma ativista importante na defesa dos direitos da pessoa idosa e atuou muito para a criação do GCMI- Grande Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, que acompanhou por muitos anos. Quando foi criado o Qualidade de Vida para Um Envelhecimento Saudável, único fórum mensal de idosos que reunia mais de 400 idosos mensalmente na Câmara Municipal de São Paulo, de 1996 a 2000 (depois continuou pequeno), ela era uma das entusiastas.
Desde 2024 estava adoentada. Faleceu na noite de ontem, após uma parada cardíaca. Era viúva e deixou 2 filhos (Alexandre e Marcelo), 2 noras (Fabian e Patrícia) e 5 netos (Giovana, Giulia, Enzo, Nathan e Marcelo).
O Velório será amanhã, 23 de abril, no Cemitério de Santo Amaro, das 8 às 12 horas, na Rua Ministro Roberto Cardoso Alves, 186.
Depoimentos
A última vez que estive com Araci foi na festa de Natal do NCI Interlagos em 2019, acompanhada da Alice Toda, que também já não está mais entre nós. Depois só trocamos mensagem. Ela sempre apoiou o Jornal da 3ª Idade, desde os primeiros anos de impresso. Conversei com Araci no dia do seu último aniversário, em fevereiro. Falei que gostaria muito de marcar uma conversa “sobre as antigas”. Queria gravar um depoimento sobre o início do movimento a favor das pessoas idosas em São Paulo, no começo dos anos 90. Ela adorou a ideia, mas disse que estava debilitada. Que assim que tivesse condições me receber, iria me chamar. Infelizmente não tivemos tempo. Meu abraço apertado para a família e aos amigos do grupo que sei que para ela era também uma família ampliada. Hermínia Brandão, editora do Jornal da 3ª Idade.
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Araci ( nossa Ara) foi para mim meu porto seguro assim que cheguei no NCI . Havia perdido minha mãe para depressão, muito recente. Ela me abraçou que nem vivi o luto, porque encontrei o aconchego, afago e o carinho. Durante minha jornada de 9 anos como assistente social tive parceira inigualável , pensava sempre no bem comum de todos. Às vezes tínhamos arranca rabos por política, mas sempre dentro do respeito. Aquarianas natas, sem papas na língua. Aprendi muito com seu legado. Levou o NCI como parte da sua família, mesmo cansada, pela doença que acometia, sem nunca deixar a peteca cair. Hoje choramos por sua morte com coração despedaçado. Obrigada por tanta sabedoria partilhada. Descanse em paz! Cícera Bonfim.
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Ainda estou muito abalada para falar. Fomos amigas por muitos anos, estivemos juntas muitos momentos. É uma notícia muito triste. Maria Aparecida Manzano.
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Exatamente hoje, faz 26 anos que eu a acompanhava. Aprendi muito com ela. Sempre me deu muito conselho. A pessoa que sou agradeço a ela. Que Deus acolha com muito amor. Vá em paz, mãezinha. Lellis
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Araci obrigada por tudo pelas alegrias que sempre nos trazia. Nas reuniões nos bingos de brincadeiras nem era pelo prêmio. Só participar. Passávamos horas alegres na sua casa. Obrigada Araci. Maria Moreira
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