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24 de junho é o Dia Mundial da Prevenção de Quedas criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

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A Sociedade Brasileira do Quadril encaminhou para os deputados federais e senadores uma proposta para instituir o “Junho Prateado” como um mês dedicado à conscientização sobre a prevenção de quedas entre idosos no Brasil. A iniciativa é para alinhar-se ao Dia Mundial de Prevenção de Quedas, celebrado em 24 de junho.

Dados recentes do Ministério da Saúde indicam que a prevalência de quedas entre idosos em áreas urbanas é de 25% no Brasil. Além disso, cerca de 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofrem quedas anualmente. Esses incidentes frequentemente resultam em fraturas que exigem intervenções cirúrgicas, como a fixação interna ou a substituição por próteses de quadril, sobrecarregando ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS).

“A SBQ tem se dedicado a ações educativas e preventivas, alinhadas às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), reforçando o compromisso da entidade com a saúde pública e o bem-estar da população idosa. A mobilização em torno do Junho Prateado tem provocado importantes debates sobre a necessidade de políticas públicas focadas na prevenção e na segurança dos idosos. O engajamento da sociedade e dos profissionais de saúde tem sido fundamental e representa um passo a mais para promover a saúde, a segurança e a dignidade dos idosos brasileiros”, declarou o médico ortopedista e presidente da Sociedade Brasileira do Quadril, Marcos Giordano.

24 de junho como Prevenção de Quedas está no calendário nacional

Desde 2017, que o Ministério da Saúde incluiu no seu calendário oficial a data de 24 de junho, como Dia da Prevenção de Quedas. A efeméride foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre os riscos de quedas para pessoas de todas as idades, principalmente entre a população idosa.

Principalmente para os mais velhos, os cuidados com a prevenção de quedas tem duas abordagens, que não devem ser separadas: a observação clínica que deve considerar as dificuldade de visão, de funcionalidade e até mesmo de medicação inadequada e as de mobilidade, dentro e fora de casa.

A literatura médica aponta que as quedas, geralmente, ocorrem com mais frequência no ambiente doméstico, ou seja, em casa, especialmente no caminho entre o quarto e o banheiro. 

O importante é saber que as quedas não são uma consequência inevitável do envelhecimento.

Calçadas esburacadas são culpadas pela maioria das quedas fora de casa

Estudo feito no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, aponta que 18% das vítimas de quedas atendidas na unidade caíram em calçadas.

Calçadas esburacadas podem causar danos físicos, como fraturas, entorses ou contusões, e também danos morais e estéticos. Em São Paulo, 74% dos paulistanos já caíram ou presenciaram quedas em calçadas. Elas são responsáveis por 15% das internações de pacientes no pronto-socorro.