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Campanha Neide Duque em defesa de Políticas para as pessoas idosas sozinhas

Mesa de abertura da Campanha Neide Duque- - Em defesa das políticas públicas para a pessoa idosa sozinha, iniciada em 20 de abril de 2022. Foto: divulgação/Campanha

A disponibilização de novas vagas para idosos em conjuntos habitacionais subsidiados pela Prefeitura de São Paulo; a urgência na ocupação de apartamentos fechados que poderiam estar sendo utilizados; a implantação de fato da Sala do Idoso nas UBS, que podem acompanhar de perto a demanda dos usuários mais velhos; a consolidação das URSI (unidade de Referência da Saúde do Idoso) planejadas e ampliação das existentes; a situação da pessoa idosa sozinha LGBT, Imigrante ou Refugiada foram algumas das questões debatidas no último dia 20 de abril, no lançamento da campanha Neide Duque- Em defesa das políticas públicas para a pessoa idosa sozinha

O evento, realizado na sede da UNIBES, no bairro do Bom Retiro, no Centro de São Paulo, reuniu cerca de 100 representantes de importantes movimentos de idosos da capital, dispostos a chamar a alertar para as demandas dessa parcela da população idosa que não tem recebido a devida atenção dos poderes públicos. 

Na mesa de abertura estiveram presentes: Cida Portela (Grande Conselho do Idoso), Maria Celina Rangel de Andrade (Rede de Proteção da Pessoa Idosa – RPDI), Eva Bettine (Coletivo Direitos da Pessoa Idosa/Movimento Catraca Livre 60 mais), Lia Déborah Sztulman (Coletivo Envelhecer), Olga Luísa Leon de Quiroga (Coordenadora do GARMIC- Grupo de Articulação para Conquista da Moradia para a Pessoa Idosa da Capital) e Marcela Teodoro (Instituto Gera).

A campanha foi batizada com o nome da ex-presidente do GCMI- Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo, Neide Duque, falecida em 16 de outubro do ano passado. Ela, que foi uma das mais assíduas militantes de diferentes coletivos em defesa das pessoas idosas, também vivia sozinha, sem família, na Vila dos Idosos, no Pari. 

Com o adoecimento da Neide foi formada uma rede de suporte comunitário e social em apoio à companheira e à amiga. Porém, todo o esforço não foi suficiente para acompanhar toda a sua trajetória pelos diversos locais em que foi atendida. Esta experiência evidenciou  para todas as pessoas envolvidas a insuficiência e fragilidade na articulação entre as políticas para a pessoa idosa sozinha. O triste desfecho do caso da Neide motivou várias pessoas a criar a Campanha Neide Duque por Políticas Públicas para a Pessoa Idosa que vive sozinha, explicou a gerontóloga Eva Bettine, uma das organizadoras da Campanha.

Uma carta documento, consolidando diversas demandas de atenção à população idosa, além das 13 propostas determinadas no lançamento da campanha será fechada nos próximos dias. Uma plenária será organizada até o final de junho próximo, para dar continuidade aos debates.