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As várias denominações para quem atua no mercado dos profissionais da Gerontologia

Especialista em Gerontologia, Gerontólogo, Tecnólogo em Gerontologia e Gerontologista são algumas denominações que estão nas ofertas de serviços, mas que embutem formações distintas para profissionais que vão atuar no seguimento do envelhecimento.

De maneira geral todos atuam na prevenção de doenças, propõe ações para evitar os problemas que mais impactam os idosos e orientam a criação de condições adequadas para um envelhecimento com qualidade. No entanto, é importante saber da origem da qualificação do profissional que está sendo contratado, seja pela família, por empresa ou no setor público.

Várias entidades e faculdades que formam esses profissionais concordam que os Projetos de Lei que estão sendo debatidos no Congresso Nacional vão definir a profissão do Gerontólogo, sendo necessário a criação de outro PL para regulamentar os Tecnólogos em Gerontologia.

Especialista em Gerontologia

O título de Especialista em Gerontologia é concedido pela SBGG- Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia- para profissionais com formação de nível superior, graduados em  diferentes áreas do conhecimento (Psicologia, Serviço Social, Nutrição, Terapia Ocupacional, Direito e outras). Para receber o título precisa ser aprovados no Concurso de Título de Especialista em Gerontologia (CTEGO), com normas determinadas em edital elaborado pela SBGG. Esse exame é composto por provas teórica e avaliação de experiências práticas e análise curricular.

Gerontólogo

Prof.ª Eva Bettine, presidente da ABG- Associação Brasileira de Gerontologia (até 2023). Gerontóloga e Mestra em Filosofia pela USP e especialista em reabilitação e estimulação cognitiva. Autora do livro Estimulação Cognitiva em Idosos: ênfase em memória. Foto: divulgação

O título de Gerontólogo é dado para quem fez o bacharelado em Gerontologia e está apto a realizar a gestão da atenção ao envelhecimento e estuda aspectos biológicos, psicológicos e sociais da velhice. Os profissionais podem trabalhar em hospitais, ambulatórios, unidades de saúde, programas de assistência domiciliar, centros de convivência e instituições de média e longa permanência.

Quem mais contrata essa mão de obra, atualmente, são as ILPI- Instituições de Longa Permanência, os Planos de Saúde e as OS-Organizações Sociais que prestam serviços nas áreas sociais dos governos.

Atualmente somente duas Universidades oferecem o curso regularmente: a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).

Outras quatro faculdades tem a aprovação do MEC para criação do curso, mas não estão divulgando vagas: Centro Universitário Claretiano (CEUCLAR) em SP; Centro Universitário de Adamantina (UNIFAI) em MG; Centro Educacional UNITER, em Curitiba, PR e Centro Universitário UNIRB, em Salvador, na BA.

A ABG-Associação Brasileira de Gerontologia, presidida pela professora Eva Betinne é a entidade que representa os bacharéis em Gerontologia.

 Tecnólogo em Gerontologia

Fabiana da Silva Prestes é professora do curso de Tecnologia em Gerontologia do Centro Universitário Internacional Uninter. Tecnóloga em Gerontologia e especialista em Gestão Estratégia. Foto: divulgação

É um profissional mais generalista, cuja formação passa por cursos curtos de dois anos, quase todos oferecidos de forma EAD (Ensino à Distância) cuja pessoa interessada precisa ter o nível médio para ingressar.  Atualmente existem 22 faculdades, em diferentes Estados, que oferecem os cursos.

A professora Fabiana da Silva Prestes, do curso de Tecnologia em Gerontologia, do Centro Universitário Internacional Uninter, sediado em Curitiba, no Paraná, que ministra as aulas de forma EAD explica que essa é a modalidade com maior crescimento  entre todos os cursos de Gerontologia. Enquanto os cursos de bacharelado juntos têm pouco mais de 300 alunos, os de tecnólogos passam de 40 mil, em todo o país. Segundo ela, só na plataforma deles, no momento são 2 mil alunos, oriundos de vários Estados, além dos outros 2 mil formados em fevereiro passado.

Quando surgiram os cursos de Tecnólogo a intenção foi criar uma formação rápida para que ele pudesse ingressar rapidamente no mercado de trabalho. Esses cursos não passam de 30 meses. Os alunos têm aula de anatomia, de fisiologia, ele aprende toda parte de avaliação gerontológica. Ele sai apto para atender todas as necessidades desse idoso. No curso de bacharelado as disciplinas são mais aprofundadas, embora as grades dos cursos sejam muito parecidas, mas eles ficam 4 anos estudando e tem a fase de estágios. O próprio Projeto de Lei 9003/2017 que está em discussão no Congresso Nacional tipifica que as duas formações podem atuar em gestão. As divergências que estão colocadas questionam a carga do projeto pedagógico, explicou a professora Fabiana da Silva Prestes, também Tecnóloga em Gerontologia e especialista em Gestão Estratégia.

Segundo ela, hoje existem concursos públicos que abrem para o Gerontólogo e exigem curso superior e não uma carga específica e que todos os cursos de Tecnólogos em Gerontologia estão autorizados pelo MEC como curso superior.

Gerontologista

É um termo que passou a ser usado, principalmente pelas redes sociais, mas que não tem reconhecimento oficial por nenhuma entidade ou universidade.