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Associação Brasileira de Gerontologia que está com nova diretoria festejou o Dia do Gerontólogo

Comemoração do Dia do Gerontólogo, na Câmara Municipal de SP, com professores, estudantes e convidados. Foto: divulgação
Comemoração do Dia do Gerontólogo, na Câmara Municipal de SP, com professores, estudantes e convidados. Foto: divulgação

A Associação Brasileira de Gerontologia comemorou, no último dia 26 de maio, na Câmara Municipal de São Paulo, o Dia do Gerontólogo. A festa deveria ter acontecido em 24 de março, data da efeméride, mas tinha sido adiada, devido à greve do Metrô.

Estiveram presentes os professores, alunos e convidados que atuam na área do envelhecimento, na cidade de São Paulo, além da Vereadora Edir Salles, que abriu o espaço da agenda do legislativo paulistano.

Profª Eva Bettine, Mestre em Filosofia por Estudos Culturais, professora convidada da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo Each/USP, ex-presidente da ABG- Associação Brasileira de Gerontologia em duas gestões (2018 a 2023). Foto: divulgação

A entidade acaba de eleger uma nova diretoria, que terá até 2025, o jovem pesquisador Lucas Pelegrini, Mestre em Ciências da Saúde, pela Universidade Federal de São Carlos, que atua nas áreas de neurociências, cognição e envelhecimento.

Para saber um pouco mais como a ABG vem atuando, desde que foi criada em 2009, o Jornal da 3ª Idade conversou com a Profª Eva Bettine, que acaba de transmitir a presidência que manteve à frente da entidade por duas gestões (2018 a 2023).

Jornal da 3ª Idade – O que a senhora destacaria na atuação da ABG,no seu período na presidência?

Profª Eva Bettine- Durante quase o tempo a entidade se dedicou a trabalhar pela regulamentação da profissão, que ainda não foi oficializada, mas que demandou muitas reuniões, trocas de documentação e conversas com o legislativo federal.

Jornal da 3ª Idade Quantos gerontólogos existem hoje no Brasil?

Profª Eva Bettine– Cerca de 1100 profissionais, sendo a maioria concentrados em São Paulo.

Jornal da 3ª IdadeEsses profissionais foram todos formados em SP?

Profª Eva Bettine- Sim, pela USP- Universidade de SP e pela Ufscar –Universidade Federal de São Carlos que forma estudantes de vários Estados.

Jornal da 3ª Idade – Todas as pessoas associadas da ABG são gerontólogos?

Profª Eva Bettine- Cerca de um terço dos nossos associados não são gerontólogos. São pessoas de outras profissões que se especializaram nas questões do envelhecimento, nas suas respectivas carreiras.

Jornal da 3ª IdadeQual é o mercado profissional que existe hoje para os Gerontólogos?

Profª Eva BettineO mercado é bastante variado. Desde 2009, quando a USP formou os primeiros alunos, vem contando com uma expressiva colocação no mercado. As maiores demandas tem se apresentado em operadoras de planos de saúde, em residenciais para idosos, como docentes de cursos de cuidadores, em diferentes projetos na área da saúde.

Jornal da 3ª IdadeQual a faixa salarial de um gerontólogo, no mercado de SP?

Profª Eva Bettine Um Gerontólogo recém graduado está ganhando na faixa de 3 a 5 salários mínimos.

Jornal da 3ª IdadeO que falta para a regulamentação da profissão, para aprovação no Congresso Nacional?

Profª Eva BettineExiste uma divergência ainda não sanada. Tanto a ex-deputada Tereza Nelma, que foi a relatora do Projeto de Lei, na gestão passada, como o deputado atual, Geraldo Rezende (PSDB-MS) incluíram no PL da Regulamentação os profissionais tecnólogos. Eles igualam os profissionais que têm uma formação diferente com o mesmo nome e com as mesmas atribuições. A CBO do Gerontólogos existe desde 2015, antes dos cursos deles e com toda atuação baseada no nosso PPP-Projeto Político Pedagógico. Eles têm 2 anos de cursos e não têm estágio. Os gerontólogos são formados com mais de 4 mil horas de curso e mais mil horas de estágio. A ABG, a SBGG- Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e também a ANG- Associação Nacional de Gerontologia não aceitaram. 

Jornal da 3ª IdadeA regulamentação da profissão de Gerontólogo pode ampliar o número de cursos formadores em outros Estados?

Profª Eva Bettine Várias universidades, principalmente públicas, querem abrir cursos, depois da regulamentação.  Na Católica de Brasília, que é particular, já tem um curso aberto, formando turma. A PUC de SP já mostrou interesse. A UFMG, em Manaus e Porto Alegre também. A Federal da Paraíba também está esperando. A área só vai deslanchar quando a regulamentação acontecer.