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Conferência Livre de Saúde identificou necessidades das pessoas idosas

A Conferência Livre de Saúde da População Idosa da Capital, como parte preparatório da 21ª Conferência Municipal de Saúde de São Paulo (que será no próximo mês) aconteceu na sexta-feira passada, (3/3), no Polo Cultural da Terceira Idade do Cambuci, na Região Centro.

A coordenação do encontro foi do presidente da Comissão de Saúde da Pessoa Idosa, do Conselho Municipal de Saúde de São Paulo, Nadir Francisco do Amaral, um dos organizadores da 21ª Conferência.

As 40 pessoas presentes debateram e registraram um elenco de diretrizes e propostas que ajudarão a identificar, nos debates da 21ª Conferência, as principais necessidades dos diferentes grupos de pessoas idosas da cidade de São Paulo, principalmente as que são usuárias do SUS- Sistema Único de Saúde. Por ser uma conferência livre não elegeu pessoas como delegadas.

O Polo Cultural ofereceu um almoço baseado na alimentação saudável, patrocinado pela nutricionista, que tem especialização em Gerontologia, pelo Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia.

Os grupos debateram os 4 Eixos norteadores da 21ª Conferência Municipal de Saúde de São Paulo: Eixo 1 – O Brasil que temos; II. Eixo 2 – O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas; III. Eixo 3 – Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia; IV. Eixo 4 – Amanhã vai ser outro dia para todas as pessoas.

Diretrizes levantadas

Grupo Eixo 1

– Garantir o atendimento integral através de ampliação de cobertura territorial, com a descentralização dos serviços de especialidades;

– Fortalecer a Atenção Básica, no município de São Paulo, para a pessoa idosa, com estudo territorial;

– Criar uma política municipal, estadual e nacional de cuidados de longa duração;

– Ampliar a rede de Atenção e Proteção às pessoas idosas, tais como uma URSI em cada Subprefeitura, o PAI de acordo com o estudo de vulnerabilidade e as locações sociais.

Grupo Eixo 2

– Promover a capacitação de conselheiros e conselheiras de unidades locais interessadas de forma crítica através da Educação;

– Fortalecer as perspectivas de direitos humanos, dentro do SUS, com respeito a cidadania e mobilização social, como ferramenta de construção de políticas públicas;

– Fortalecer o mecanismo de transparência da utilização de recursos públicos;

Colocar a participação social no centro do planejamento de orçamento, como algo mais simples, objetivo e direto com fácil compreensão da sociedade que vai participar desse processo.

Grupo Eixo 3

– Garantir à pessoa idosa a defesa a saúde considerando: ações de promoção, prevenção de agravos, cuidados prolongados e paliativos, em toda a rede de atenção à saúde, com financiamento;

– Implementar a Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, com financiamento próprio;

– Implementar a Política Nacional de Cuidados Paliativos, com garantia de financiamento, integrada às redes de atenção à saúde e como componente do Cuidado na Atenção Primária à Saúde, através da Estratégia da Saúde da Família;

– Fortalecer a Política Nacional de Prevenção, Notificação e Fiscalização da Violência Contra a Pessoa Idosa.

Grupo Eixo 4

– Promover em todos os serviços de saúde a educação continuada, baseada nas diretrizes da Política Pública de Saúde da Pessoa Idosa;

– Propor e divulgar diversas formas de comunicação conforme as características e especificidades de cada grupo social;

– Promover política de auxílio distância que incentive a permanência dos médicos nos territórios de maior vulnerabilidade; 

– Discutir a política pública sobre a permanência de médicos de outros países nos serviços do SUS;