O Vereador Eduardo Suplicy, o mais velho parlamentar na atual Câmara Municipal de São Paulo, teve uma audiência, na quarta-feira 28 de janeiro, com o prefeito em exercício Ricardo Nunes e o secretário da Casa Civil Ricardo Tripoli tratando da suspensão da gratuidade do transporte público para pessoas de 60 a 64 anos.
A Prefeitura informou que a medida vai trazer uma economia de R$335 milhões por ano com o corte do benefício aos idosos, alegando ser necessário em razão do aumento dos gastos na área da saúde.
O Vereador Suplicy apresentou diversos relatos de pessoas que foram muito prejudicadas pelo fim da gratuidade e ressaltou a completa falta de discussão sobre este corte. Ele solicitou que a gratuidade possa ser retomada, sobretudo neste momento de pandemia.
Bruno Covas “rasgou” diploma de São Paulo Amiga do Idoso
O Prefeito Bruno Covas, eleito com larga vantagem entre os idosos, deu de presente de Natal aos que o escolheram a retirada da gratuidade da passagem de ônibus, para os que estão na faixa dos 60 a 64 anos. Certamente se a decisão tivesse sido tomada antes, muitos eleitores não teriam dinheiro para ir votar, já que o segundo turno caiu no final do mês, quando a maioria da população pobre já esgotou seu orçamento.
A decisão não é ilegal, já que o Estatuto do Idoso prevê a isenção de tarifas a partir dos 65 anos, mas é imoral, visto que, há muitos anos os idosos de São Paulo conquistaram, na prática, a alteração na faixa etária.
Dezenas de entidades que atuam na área do envelhecimento já se manifestaram contrárias a decisão do Prefeito Bruno Covas, que não tem se mostrado sensibilizado com elas.
A partir de 1º de fevereiro de 2021, todos os idosos moradores na cidade de São Paulo, na faixa dos 60 a 64 anos, terão seu cartão bloqueado para utilização nos transportes públicos municipais.