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Grito dos Excluídos contou com muitos idosos entre os manifestantes no 7 de setembro

Muitas pessoas idosas no 29º Grito dos Excluídos , em 2023, em São Paulo. Foto: jornal3idade.com.br
Muitas pessoas idosas no 29º Grito dos Excluídos , em 2023, em São Paulo. Foto: jornal3idade.com.br

Você tem fome e sede de quê?  Esse foi o tema do 29º Grito dos Excluídos realizado no feriado da última quinta-feira, 7 de setembro, com a presença de muitas pessoas idosas, lideranças de movimentos sociais e populares, entre centenas de participantes.

O Grito teve sua primeira edição em 1995, e surgiu a partir de atividades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), inspirado na Campanha da Fraternidade daquele ano que tinha como tema “Fraternidade e Excluídos”, e o lema “Eras tu, Senhor?” Por isso, em quase três décadas é realizado, em vários Estados, em contraponto ao Grito da Independência, mostrando o clamor dos mais pobres.

Em São Paulo a concentração foi na Praça Oswaldo Cruz, no bairro do Paraíso e caminhada até o Monumento às Bandeiras, na frente do Parque do Ibirapuera com os manifestantes gritando por direito a moradia, melhores condições de saúde, contra a carestia dos preços de alimentos e preços nos transportes.

Parte dos militantes foram depois para a Bienal de Artes de São Paulo, que na 35ª Edição de 2023 tem a Cozinha Ocupação 9 de Julho responsável pelas refeições. Lá, além de almoçarem, fizeram uma visita monitorada.

Cozinha 9 de Julho na 35ª Bienal de São Paulo

Carmem Silva comanda a Cozinha Ocupação 9 de Julho que está responsável pela alimentação na Bienal 2023 de SP. Foto: jornal3idade.com.br

A Bienal de Arte de São Paulo de 2023 tem como tema “Coreografias do Impossível”, com entrada grátis até 10 de dezembro, no Parque do Ibirapuera.  A exposição também prevê uma programação pública, que inclui apresentações musicais, ativações de obras, performances, encontros com artistas e mesas de discussão  

A parte de alimentação da Bienal 2023 está com a Cozinha Ocupação 9 de Julho, que tem como comandante a baiana  Carmen Silva, uma das fundadoras do Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC), que desde abril é também chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços .

Segundo ela, até dezembro será preparado um prato novo a cada dia e nos finais de semana, o preparo ficará por conta de um chef convidado.  O preço de cada prato é de R$40,00, sendo que os moradores das ocupações do MSTC pagam R$15,00. 

A Cozinha Ocupação 9 de Julho nasceu em 2017, como parte do trabalho do MSTC e hoje entrega 500 marmitas por semana, nas ocupações do Centro de São Paulo. No trabalho da Bienal está empregando 80 pessoas, garantindo renda para elas até o final do ano.

A nossa atuação não é só pela moradia, mas ela é a porta de entrada para outros direitos. Na Ocupação 9 de Julho trabalhamos com várias formas de educação para os 120 moradores, disse Carmem Silva.

Lideranças de idosos de diferentes movimentos se reuniram na Cozinha Ocupação 9 de Julho, após a caminhada do Grito dos Excluídos. Foto: jornal3idade.com.br