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Idosos da Pastoral Afro da Igreja Achiropita e Velha Guarda da Vai-vai abrilhantaram a Festa de São Benedito, no Bexiga

A Prof.ª Therezinha Zélia Pereira Dias, de 89 anos (a esquerda), faz parte da Velha Guarda da Escola de Samba Vai-Vai desde os anos 60. A aposentada Isolina Francisca Salles, de 72 anos, está desde 1978. Ambas sempre participam da Festa de São Benedito. Foto: jornal3idade.com.br
A Prof.ª Therezinha Zélia Pereira Dias, de 89 anos (a esquerda), faz parte da Velha Guarda da Escola de Samba Vai-Vai desde os anos 60. A aposentada Isolina Francisca Salles, de 72 anos, está desde 1978. Ambas sempre participam da Festa de São Benedito. Foto: jornal3idade.com.br

Na manhã de ontem, domingo 23 de abril, aconteceu no bairro do Bixiga, na Região Centro da capital, em São Paulo, a Festa de São Benedito. Há mais de uma década, ela é promovida pela Pastoral Afro da Igreja Nossa Senhora Achiropita e nos últimos cinco anos ganhou a participação no cortejo e na organização da Escola de Samba Vai-Vai.

A comemoração teve início na Praça Dom Orione, com as pessoas da comunidade, que seguiram até as escadarias do Bexiga, com a bateria da Vai-Vai fazendo um toque especial para São Benedito. Uma procissão seguiu até a Igreja da Achiropita onde foi realizada uma Missa Afro.

A conselheira do Conselho Municipal do Idoso de São Paulo, eleita pela comunidade do Bixiga, Niltes Lopes, que é coordenadora da Responsabilidade Social, da Escola de Samba Vai-Vai, foi uma das organizadoras.

A advogada Maria Cândida de Paula Thomaz de Sousa, coordenadora da Pastoral Afro-Brasileira, da Regional Sul 1, da Confederação Nacional dos Bispos (CNBB) e da Comissão Justiça e Paz, lembrou a importância da devoção de São Benedito no Brasil. Ela destacou que ele era devotado, principalmente entre a comunidade negra do Bixiga, que já morava no território antes da chegada dos italianos.

Cultuado inicialmente pelos escravos negros, por causa da cor de sua pele e de sua descendência africana, embora fosse italiano nascido na Ilha da Sicília, passou a ser adorado pelos católicos, de todo o mundo, como um franciscano dedicado aos pobres.