Giovanna tem 5 anos e não acreditou quando recebeu, pelo aplicativo, as fotos da bisavó, numa prancha, fazendo Stand-up, no mar, em meio às ondas da Praia Boqueirão Norte, em Ilha Comprida.
Mais contente ainda ficou Amélia Pereira dos Santos, de 72 anos, de mandar também para os 3 filhos e os 4 netos as imagens da “sua ousadia”, como definiu a baiana, radicada em SP há 52 anos e 5 deles no litoral do Vale do Ribeira.
Foi muita emoção, ousadia, coragem e vontade mesmo de fazer alguma coisa diferente. Eu estou sempre disposta a aprender. No CCMI participo de várias oficinas. Foi uma experiência muito legal, disse Dona Amélia, toda exibida da sua façanha.
Foi uma oportunidade única. No primeiro dia fui só sentado, porque é mais seguro. No segundo dia resolvi querer ir de pé, e é claro que caí, mas não me machuquei e foi muito divertido. Minha esposa Aparecida também topou a experiência. Tanto ela como eu achamos que foi uma chance única. Quando tiver novamente, queremos repetir, disse Rogério de 76 anos.
Ambos estavam no grupo de 13 pessoas idosas que participaram de uma clínica oferecida aos usuários do CCMI- Centro de Convivência da Melhor Idade de Ilha Comprida, no no Projeto Stand Up para Todos, um trabalho socioesportivo idealizado pela ABIEP – Associação Brasileira de Esportes com Prancha, com suporte da Prefeitura Municipal de Ilha Comprida, apoio da Alma Surf e financiamento da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo, através de chamamento público.
O evento teve duração de uma semana, de 14 a 20 de fevereiro de 2022, com pessoas de diferentes idades. As pessoas idosas foram escolhidas pela professora de Educação Física, Edina Colaço, que é a responsável pelas atividades físicas do CCMI.
Foi muito estimulante para todos os idosos que participaram. Vários andavam desestimulados, perderam parentes e amigos na pandemia. A clínica de Stand Up proporcionou uma novidade, algo que nunca imaginaram fazer e isso foi importante, disse a professora que não deixa os mais velhos ficarem parados.
