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Japão, com mais de 86 mil centenários, faz feriado pelo Dia do Respeito aos Idosos


Hoje é feriado no Japão, Dia do Respeito ao Idoso, quando as famílias rezam pelos mais velhos e agradecem pelas contribuições feitas à sociedade ao longo de suas vidas.

O Japão conta com 86.510 pessoas com idade igual ou superior a 100 anos, um novo recorde, segundo dados divulgados pelo Ministério de Saúde, Trabalho e Conforto do país, às vésperas do  o Keiro no Hi ( 敬老の日). O número de centenários quintuplicou no país desde 2000.

A data existe oficialmente desde 1947, criada na aldeia Hyogo, mas somente em 1966 passou a ser feriado nacional. O período também coincide com o clima ameno e com menos chance de grandes fenômenos climáticos.

Ao contrário da tradição brasileira, ainda hoje mantida entre nós, de evitar perguntar a idade para uma mulher mais velha, no Japão não se pergunta a idade a uma mulher jovem. As idosas, ao contrário, tem muito orgulho de contar os seus 80 anos ou mais.

Ao homem, na tradição japonesa, ao completar 60 anos, é permitido o uso de casaco vermelho, pois, somente com seis décadas de vida há a liberdade de usar a cor dos deuses. Claro que as novas gerações vêm mudando as convenções, principalmente entre os artistas.

O Keiro no Hi é uma data criada exclusivamente no Japão, outras, como o Dia das Mães, já existem no calendário, importadas dos países ocidentais.

Expectativa de vida no Japão

O Japão é o país com a maior expectativa de vida do mundo, considerada muito alta para os padrões mundiais. As mulheres continuam maioria entre as pessoas centenárias, com 76.450 habitantes, representando 88% do total. Os homens com idade igual ou superior a 100 anos ultrapassaram pela primeira vez os 10 mil, com um total de 10.060.

Cresceu muito rápido o número de pessoas centenárias no Japão. Os especialistas atribuem ao desenvolvimento de tecnologias, tratamentos médicos e alimentação diferenciada. Em 1963, quando foi feito o primeiro censo dos centenários, eles eram apenas 153. Em 1998 já existiam 10 mil. Em 2007 eram 30 mil e  em 2012 superou os 50 mil.

A japonesa Kane Tanaka, com 118 anos, é hoje a mulher mais velha do país, tendo sido reconhecida como a mais velha do mundo pela associação norte-americana Gerontology Research Group (GRG).

Por sua vez, o homem mais velho do Japão é Mikizo Ueda, com 111 anos.

O envelhecimento da população é um dos grandes desafios para o país, com taxa de natalidade em constante declínio, causando preocupações sobre as perspectivas econômicas e a mão de obra.

Em 2020, a esperança de vida no arquipélago atingiu recorde para ambos os sexos: 87,74 anos para as mulheres e 81,64 para os homens, segundo dados divulgados em julho pelo Ministério da Saúde japonês.

Por prefeitura, Shimane (oeste) tem o maior número de pessoas centenárias por 100 mil habitantes (134,75), seguido de Kochi (126,29) e Kagoshima (118,74).

A média nacional é de 68,54 por 100 mil habitantes.

 

Fonte: Ministério de Saúde, Trabalho e Conforto do Japão  e Agência Brasil