logo

No Dia Mundial da Doença de Alzheimer empresas afirmam que nutrição saudável e suplementos podem retardar a progressão da doença

A preocupação com a Doença de Alzheimer, que tem hoje, 21 de setembro, seu dia mundial de conscientização, mostra-se constante no investimento em pesquisas de empresas e no lançamento de produtos que ajudam a retardar a progressão da doença, ainda sem cura.

No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. Em todo o mundo, o número chega a 50 milhões de pessoas. Segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, os números poderão chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050, devido ao envelhecimento da população. Esse cenário mostra que a doença caracteriza uma crise global de saúde que deve ser enfrentada por todos os segmentos da sociedade.

Empresas que trabalham na elaboração de comida saudável, ou de suplementação contra carências nutricionais,  garantem eficiência dos seus produtos na preservação da memória ou diminuição da progressão de demências. 

Várias delas, que estavam com estandes na feira do  XVII Congresso Internacional de Nutrição Funcional, o maior mundial no assunto, que foi realizado na semana passada, em São Paulo apresentaram relatórios de profissionais que afirmam que esse tipo de acompanhamento, aliado a atividade física, pode realmente retardar a progressão dos casos de demência.

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, em Portugal, que descreve sobre o impacto nutricional na doença de Alzheimer, reforça a importância de uma alimentação adequada para ajudar na redução da incidência de deterioração cognitiva. O trabalho relata que indivíduos com Alzheimer têm mais déficits nutricionais de vitaminas A, C, E, D, K, B9, B12, B6, selênio e ômega 3, reforçando a importância de assegurar as doses diárias desses nutrientes por meio da alimentação e suplementação.

O declínio cognitivo mais avançado não tem cura, como várias das demências e a Doença de Alzheimer. Sabemos que o estilo de vida e a alimentação saudável diminuem a progressão dessas doenças, que pode ter uma curva ascendente ou uma mais leve, ou mesmo jogar a fase crítica para mais longe, disse a nutricionista, Paula Gandin, que coordenou o Bloco Longevidade do XVII Congresso Internacional de Nutrição Funcional, com palestras de vários profissionais voltadas para a alimentação de idosos ou debilitados.

Acreditamos que suplementação bem orientada e acompanhada de uma dieta equilibrada e de tratamento específico, pode desempenhar um papel relevante na busca por soluções que contribuam para o bem-estar geral, mesmo diante de condições neuropsiquiátricas desafiadoras. A pessoa deve ser acompanhada por um médico nutrólogo ou um nutricionista para que a suplementação de fato traga resultados positivos, pois, cada paciente tem um perfil e uma necessidade específica, afirma a nutricionista Taciane Aparecida de Oliveira.

Exemplos de produtos apresentados no Congresso com foco em memória

A empresa Vitafor Nutrientes, uma das mais destacadas no Brasil na área de suplementação alimentar, acaba de lançar o Omegafor Memory, para o fortalecimento da memória e concentração, à base de Ômega 3. A escolha da campanha, no mês de setembro, foi exatamente para divulgar no momento em que as pessoas estão com mais informação sobre a Doença de Alzheimer.

A Produza Foods, empresa com produção agrícola própria de Chia orgânica, apresentou uma linha de produtos de óleos e farinhas, rica em Ômega 3, fonte de fibras, cobre e manganês.

Segundo seus representantes, entre os principais nutrientes associados à prevenção da Doença de Alzheimer, e problemas de memória em geral, estão o Ômega 3 e o Ômega 9, presentes nos seus produtos. A empresa afirma que os profissionais de nutrição consultados garantem que esses alimentos têm poder antioxidante, que agem no funcionamento dos neurotransmissores do cérebro.