Ainda nesta última semana de junho deverá ser marcada uma reunião com a Comissão Ampliada de Preparação dos Jogos Municipais do Idoso de São Paulo de 2023, conforme prometeu o Secretário Municipal de Esportes, Carlos Augusto Vianna, na Câmara Municipal de São Paulo, na segunda-feira, 21 de junho.
Uma audiência pública solicitada pela Comissão Extraordinária do Idoso e da Assistência Social foi organizada pelo gabinete do vereador Eli Corrêa, que mesmo depois do falecimento do vereador Arnaldo Faria de Sá se empenhou para que ela não fosse adiada.
Compondo a mesa para debater a organização do JOMI Paulistano estavam: o Vereador Eli Corrêa; o Secretário Municipal de Esportes, Carlos Augusto Vianna; Dineia Cardoso, coordenadora do Programa Melhor Idade da SEME; o coordenador de Políticas Para a Pessoa Idosa da SMDHC (Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania), Renato Souza Cintra; a interlocutora da Saúde do Idoso em São Mateus, Vera Lúcia Mariano da Silva e a Professora Glicia Maria Bellemo, da Secretaria Estadual de Esportes, que acompanha os Jogos Estaduais, há 24 anos e que participou de forma online.
Acompanhando pela transmissão virtual estavam vários conselheiros do GCMI- Grande Conselho Municipal do Idoso de SP, representantes dos Fóruns e também a secretária-adjunta de Cultura, Andrea de Sousa.
Colocar o JOMI Paulistano no calendário oficial da cidade e assim garantir dotação orçamentária própria, destinada pela administração municipal foi o principal tema da audiência pública.
As principais questões para a efetiva realização organizada do JOMI, com a participação de idosos de todas as regiões da cidade, debatidas um dia antes pelo Interfórum, movimento que reúne representantes dos Fóruns de Idosos da cidade, foram lidas e passaram a constar nos anais da audiência pública. Representando o Interforum estavam Remo Vitorio Cherubin, do Fórum do Idoso do Ipiranga (online) e Ariovaldo Guello, do Fórum de Pinheiros, no auditório.
Participei da audiência pública da lei de criação do JOMI e achei que demos um passo para a realização desses jogos. Acho que faltou o comprometimento dos Vereadores e do Secretário de Esportes para realizarem suas partes. O Secretário precisa providenciar com o executivo a edição do Regulamento da lei, sem o qual nada poderá ser feito. Ele também precisa providenciar cálculo do custo desse evento, pois sem isso não se pode incluir o JOMI no orçamento. Da parte dos vereadores, incluir esses jogos no Calendário da Cidade, competência essa do legislativo, disse Ariovaldo Guello, do Interforum.
As questões que estão pendentes
Qual a melhor data para o JOMI Paulistano – A lei º 17.451, de 9 de setembro de 2020, sancionada pelo então Prefeito Bruno Covas, prevê a realização do JOMI no primeiro semestre de cada ano. Essa determinação não atende as necessidades e precisa ser alterada. A Capital participa sempre da etapa dos jogos estaduais que acontecem em maio, com inscrições feitas antes. Assim o JOMI Paulistano, como seletiva para o estadual, tem que ser feito em fevereiro ou março.
A professora Glicia Maria Bellemo, da Secretaria Estadual de Esportes, foi enfática ao explicar que abril é muito tarde para realização do JOMI Paulistano. Ela contou como são realizadas as etapas regionais do Estado, como acontecem a participação dos municípios que no final chegam a envolver mais de 24 mil idosos esportistas por ano. Glicia, como todos a tratam, defendeu que a sociabilização que os jogos proporcionam colaboram muito para a autoestima dos idosos.
Temos idosos que começaram a participar dos jogos logo depois que fizeram 60 anos. Estamos finalizando de 8 a 13 de julho próximos, em Pindamonhangaba, a 24ª edição Estadual, o que significa que tem idosos de 84 anos que continuam e não querem parar, falou a Prof.ª Glicia Maria Bellemo.
Qual modelo de JOMI Paulistano adotar – Uma das questões de interesse comum ainda em aberto é como se darão as seletivas, os torneios anteriores que vão classificar as pessoas idosas de várias regiões da cidade para o JOMI que vai tirar os representantes da Capital para o JOMI Estadual.
Existem várias pessoas defendendo a realização por Subprefeitura, o que implicaria em 32 minitorneios, ainda em 2022, possivelmente em outubro e novembro. Essa foi a proposta inicial do Secretario Municipal de Esportes.
Algumas pessoas expuseram que dividir as seletivas pelas regiões da cidade pode ser inicialmente mais viável, devido a falta de tempo e por falta de recursos previstos.
A assistente social, Vera Lúcia Mariano, que coordena vários trabalhos na sua região, fez a apresentação de como o Fórum do Cidadão Idoso de São Mateus, já realizou sete edições do JAISM- Jogos Abertos do Idoso de São Mateus, sem recursos públicos, com esforço das lideranças do território em buscar apoio nas empresas locais e fazendo arrecadação particular entre os próprios idosos. O JAISM chegou a reunir 700 pessoas na sua última edição de 2019.
A importância da divulgação em toda as regiões da cidades
A maior queixa dos idosos é a falta de comunicação que motive os grupos a se interessarem em participar.
O conselheiro do GCMI, representante da região Leste, que também é membro da Comissão de Esportes, Olavo Almeida Soares, cobrou do Secretário de Esportes empenho para que as Subprefeituras acionem suas assessorias de imprensa para divulgar as seletivas e a existência do próprio JOMI. Segundo ele, somente o Jornal da 3ª Idade informa regularmente sobre o que está acontecendo nessa área.
A ex-conselheira do GCMI e membro do Fórum da Pessoa Idosa do Butantã, Thereza Monteiro Marchesini foi a última pessoa a falar na audiência pública. Ela também chamou a atenção para a falta de divulgação e disse que foi cobrada pelos idosos de vários bairros que têm interesse em participar do JOMI mas não sabem como.
