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TJ de SP manda voltar transporte grátis para idosos de 60 a 64 anos

Manifestação de Idosos na frente da Câmara Municipal de São Paulo, durante a posse do Prefeito Bruno Covas, no primeiro dia de 2021. Foto: divulgação

A cassação dos direitos dos idosos de 60 a 64 anos, ocorrida desde 1º de fevereiro de 2021,  quando passou a valer a volta da cobrança da passagem nos transportes públicos de São Paulo, foi inconstitucional e deverá ser suspensa.

 

A decisão é do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) que atendeu ao pedido da Ação Direta de Inconstitucionalidade apresentada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo  Instituto de Defesa do Consumidor Idec e suspendeu o artigo da lei nº 17.542/2020 que cortou a gratuidade. 

Segundo o TJ, a decisão dos 35 vereadores que votaram a favor da retirada dos direitos dos idosos (veja a lista completa) foi irregular.

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito respondendo ao Jornal da 3ª Idade, no final da última sexta-feira, 25/11, disse que a da Prefeitura de São Paulo ainda não foi notificada e por isso nada tem a declarar.

Histórico

No Natal de 2020, o então prefeito Bruno Covas “rasgou” o diploma de São Paulo Amiga do Idoso que ele tinha dado para a cidade  e tirou a gratuidade dos transportes públicos para os idosos na faixa dos 60 a 64 anos. A iniciativa foi feita de forma conjunta com o ex- governador do Estado, João Doria.

A volta do bilhete pago passou a valer em 1º de fevereiro de 2021. 

Um movimento de representação dos idosos, com entidades, deputados e vereadores a favor dos direitos dos idosos intitulado Catraca Livre 60+ passou a fazer reuniões virtuais e manifestações em lugares públicos.

A suspensão da época não afetou os idosos de 65 anos e mais,  porque a gratuidade deles está garantida pelo Estatuto da Pessoa Idosa

A Lei que dava direito aos idosos na capital era do ex-prefeito Fernando Haddad do PT (Lei 15.912 de 16 de dezembro de 2013). No âmbito estadual, quem tinha concedido o direito de circulação dos paulistas foi o ex-governador Geraldo Alckmin do PSDB, depois de protestos contra o aumento da tarifa que aconteceram naquele ano.