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Fórum Social Mundial da População Idosa fará sua 10ª Edição de 20 a 24 de janeiro de 2025 em Porto Alegre

 

A 10ª Edição do Fórum Social Mundial da População Idosa , com o tema “Outro Mundo é Possível Grisalhos”, começa hoje e vai até a próxima sexta-feira, 24 de janeiro, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. 

O evento, que ocorre sempre no primeiro mês do ano, reúne movimentos sociais, estudiosos, cientistas e instituições sociais para debater a situação da população idosa e apresentar propostas de políticas públicas para atender o segmento.

A organização é do Instituto Amigos do Fórum Social Mundial Porto Alegre (IAFSMPOA), do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) e do Pró Diversitas. Conta com o apoio do Fórum de Desenvolvimento Democrático Regional da Assembleia Legislativa, e da comunicação local da TVE e FM Cultura. 

A abertura do X Fórum Social Mundial da População Idosa será às 14 horas com mostra de livros, seguida de um evento inter-religioso e a da solenidade oficial com autoridades, no plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Serão mais de 80 atividades durante os cinco dias de evento.

A palestra magna será do chileno Lúcio Diaz, da Coordenação de Organizações Regionais da Sociedade Civil da América Latina e do Caribe (CORV). A inauguração cultural está marcada para às 18 horas na Concha Acústica do Teatro S Pedro. Elas poderão ser acompanhadas pelo Canal da Assembleia Legislativa do RS no Youtube

Para saber mais sobre essa iniciativa, o Jornal da 3ª Idade conversou com o presidente do Conselho Municipal do Idoso de Pelotas, o engenheiro Lélio Luzardi Falcão, um dos pioneiros na organização do evento desde a sua idealização.

Jornal da 3ª Idade – Qual a avaliação que o senhor faz das conquistas acompanhadas pelo Fórum Social Mundial da População Idosa, nos seus 10 anos de realização?

Lélio Luzardi Falcão, do CMI de Pelotas e do Instituto Amigos do Fórum Social Mundial Porto Alegre –  O Fórum Social Mundial da População Idosa é um exercício contínuo de defender e chamar atenção para as políticas públicas. Quando a cada quatro anos trocamos prefeitos e vereadores, temos quase que recomeçar o trabalho. A maioria entra com novas promessas e dizendo que os problemas eram da gestão anterior, quando na verdade as questões dos idosos são de implantação de políticas públicas permanentes. Devem ser políticas de Estado e não de governos.

Jornal da 3ª Idade – A ampliação da utilização dos Fundos Municipais da Pessoa Idosa foi bastante discutida nas duas últimas edições, mas são poucas as mudanças que percebemos no Brasil. O Rio Grande do Sul conseguiu avançar considerando as necessidades do período das enchentes?

Lélio Luzardi Falcão, do CMI de Pelotas e do Instituto Amigos do Fórum Social Mundial Porto Alegre – O problema com os Fundos e com tantas outras coisas no Brasil é a burocracia. Conseguimos, através do Conselho Estadual do Idoso do RS, aprovar que valores fossem destinados para instituições que foram alagadas e tiveram muitas perdas. O dinheiro está parado no Fundo Estadual e até hoje não foi enviado para as entidades que atuam com idosos. São muitas carências que podiam ser ajudadas com o dinheiro do Fundo, mas a burocracia impera.

Jornal da 3ª Idade –  O senhor acredita que esse é um problema de todos os Estados?

 Lélio Luzardi Falcão, do CMI de Pelotas e do Instituto Amigos do Fórum Social Mundial Porto Alegre Não só dos Estados, mas do nacional também. O Fundo Nacional recebeu mais de 1 milhão e 200 mil e não conseguiu repassar mais de 500 mil para novos projetos.

Jornal da 3ª Idade – O senhor divulgou nos últimos anos a ideia de trazer para o Brasil uma Assembleia Mundial do Envelhecimento da ONU. Ainda mantém esta ideia?

 Lélio Luzardi Falcão, do CMI de Pelotas e do Instituto Amigos do Fórum Social Mundial Porto Alegre – Embora algumas pessoas importantes sejam contra, ainda acredito que seria muito importante conseguirmos fazer esse encontro aqui. O mundo em pouco mais de 20 anos terá quase 2 bilhões de idosos, muitos deles na América do Sul, sem acompanhamento de saúde e alimentação adequada. Como será então?

 

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